Qualidade e querer mantêm invencibilidade

  • Sanjoanense chegou ao intervalo em desvantagem, mas deu a volta na segunda metade.
  • Qualidade do futebol é notória e faz sonhar.
  • Formação de São João da Madeira segue invicta.

Em partida da 2ª jornada da Série D do Campeonato Nacional de Seniores (CNS), a Sanjoanense deslocou-se a Estarreja, naquele que foi o primeiro desafio fora de portas.

Com um bom início, os comandados de Pêpa entraram fortes e a dominar, procurando jogar no seu meio campo atacante e Mário, à passagem dos 20 minutos, esteve perto do golo, não fosse a excelente intervenção de André Costa, guarda-redes contrário, a parar o forte remate do ponta-de-lança alvinegro.

            No entanto, apesar do maior pendor Sanjoanense, acabaria por ser o Estarreja a inaugurar o marcador, ao minuto 33. Pouco depois de uma primeira ameaça, travada por uma grande defesa de Diogo, Marmelo, assistido por Fredy, rematou desde fora da área, colocando a formação da casa em vantagem.

            Obrigados a correr atrás do prejuízo, os homens de São João da Madeira continuaram a pressionar e a procurar impor o seu jogo e estiveram perto do empate por duas vezes: aos 36 minutos, Letz obrigou André Costa a bela intervenção, na sequência de um livre direto e, quatro minutos depois, Muxa não conseguiu finalizar, na cara do guardião adversário, a recarga a um primeiro remate de Mário.

            O jogo estava bem disputado e, no minuto seguinte, foi a vez do Estarreja voltar à carga mas Diogo, com nova grande defesa, segurou o cabeceamento de Fredy e manteve a desvantagem pela margem mínima, com que a Sanjoanense saiu para o descanso.

            Ao intervalo, Pêpa decidiu mexer na equipa e abdicou de Bruno Fogaça, lançando Piolho. E o jovem médio trouxe, sem dúvida, mais vivacidade ao encontro, tendo sido parte importante na subida de rendimento e no domínio incontestável nos segundos 45 minutos. Tanto que, com apenas 5 minutos jogados na segunda parte, o médio isolou Muxa que, depois de boa jogada individual, restabeleceu o empate.

            A Sanjoanense estava, por esta altura, por cima na partida e a pressão aumentava junto do setor defensivo da formação da casa, que procurava suster as investidas visitantes. Até que, ao minuto 64, apareceria o lance que iria marcar a partida. Após novo passe de Piolho, desta feita a isolar Alex, o extremo sofre carga guarda-redes adversário, já dentro de área, tendo sido impedido de prosseguir. Albano Correia, árbitro de Braga, não teve dúvidas e assinalou grande penalidade a favor da formação alvinegra, dando ordem de expulsão a André Costa. Chamado a converter o castigo máximo, Catarino não tremeu e colocou a Sanjoanense em vantagem pela primeira vez na partida.

            Com mais uma unidade, os comandados de Pêpa souberam gerir da melhor forma a partida e evitar sobressaltos desnecessários e, já em cima do final da partida, acabariam por dar a machadada final. Na sequência de uma investida atacante rápida, a bola chegou a Catarino e o jovem não perdoou, fazendo o bis e estabelecendo o resultado final.

            Na próxima semana há paragem no CNS para que se disputem os jogos relativos à 1ª Eliminatória da Taça de Portugal, da qual a Sanjoanense ficou isenta e, no dia 14, a formação de São João da Madeira tem a primeira deslocação à Madeira, onde irá defrontar o Camacha.

11 Inicial: Diogo, Pardal, João Pinto, Edgar e Tiago; Letz, Muxa e Bruno Fogaça; Alex, Stefan e Mário.

Jogaram ainda: Piolho (Bruno Fogaça), Catarino (Stefan) e Gian (Tiago).

Ler Declarações do Mister Pêpa

 

Alex foi maestro no regresso tão desejado!

Sanjoanense, de regresso aos Nacionais, entrou da melhor forma na nova época.

Alex, com dois golos, foi figura de destaque.

Foi na solarenga tarde do último domingo que a Sanjoanense recebeu e venceu o Anadia por 2-1, no jogo inaugural da Série D do Campeonato Nacional de Seniores (CNS) 2014/2015.

E pode dizer-se que os alvinegros entraram no Campeonato com o pé esquerdo… O pé esquerdo bem afinado de Alex que, tendo marcado os dois golos, se tornou na figura do jogo.

A partida começou bastante equilibrada e muito jogada a meio campo, com ambas as formações a procurarem errar o mínimo possível, procurando a melhor forma de desfazer a estratégia defensiva adversária. Tanto que, só perto dos 20 minutos é que surgiu a primeira ameaça, com Diogo a ter que negar, com uma bela intervenção, o 0-1.

No entanto, não teria que se esperar muito mais para que se visse o marcador a mexer. À passagem do minuto 25, Mário assistiu Alex, depois de um trabalho fenomenal, e o extremo, já depois de ter cabeceado à trave, disferiu um potente remate e fez o primeiro golo alvinegro na nova época.

Mesmo com a vantagem dos homens da casa, o jogo continuava a pautar-se pelo equilíbrio e, logo no minuto seguinte, o Anadia poderia ter restabelecido a igualdade, não fosse de novo a intervenção atenta de Diogo.

O Anadia parecia melhor por esta altura e, à passagem da meia hora, dispôs de uma oportunidade de ouro para igualar o marcador. Num lance algo confuso, Renato Mendes, o árbitro da partida, apontou para a marca de grande penalidade, por alegada mão na bola de um defesa alvinegro mas, chamado a converter, Branco, capitão de equipa, atirou ao lado.

Mesmo assim, o Anadia não baixava os braços e acabaria mesmo por conseguir o empate. A cinco minutos do descanso, Parreira cobrou, de forma exímia, um livre à entrada da área, fazendo a bola sobrevoar a barreira e entrar perto do ângulo superior.

Os comandados de Pêpa, a jogar perante os seus adeptos – em bom número, diga-se –, estavam bem cientes da importância da conquista dos três pontos e, mesmo em cima do intervalo, Alex voltou a ter nos pés a vantagem mas, cara-a-cara com o guarda-redes, desviou a bola do seu alcance e acabou por ver o golo negado pelo poste.

O empate ao intervalo justificava-se pelo trabalho e pelas oportunidades criadas de ambos os lados e deixava antever uma segunda metade marcada pela procura contínua pelo golo.

No entanto, os segundos 45 minutos acabariam por revelar-se mais calmos. Ainda assim, a Sanjoanense entrou a todo o gás e dificilmente poderia esperar um início melhor. Com apenas oito minutos jogados, Mário voltou a assistir Alex e o jovem, depois de ganhar posição sobre a defesa contrária, voltou a ficar na cara do guardião adversário mas, desta vez, não perdoou.

Em vantagem, os homens de São João da Madeira procuravam gerir o jogo, mas a formação de Anadia não desistia e procurava, naturalmente, um resultado positivo. Contudo, as oportunidades claras de golo escasseavam, apesar das tentativas imensas, principalmente nos últimos minutos de jogo, altura em que, sem nada a perder, os visitantes se lançaram para o último terço, essencialmente apoiados pelo jogo direto e por uma pressão bastante intensa.

Mas, mesmo em dificuldades, acentuadas pelas ausências forçadas de Letz (a cumprir um jogo de castigo por expulsão nos últimos jogos da época transata) e Gian (cujo certificado internacional não chegou atempadamente), jogadores que poderiam trazer alguma segurança nos processos defensivos, a formação alvinegra não se deixou surpreender e agarrou com toda a força os primeiros três pontos da época, regressando da melhor forma à disputa dos Campeonatos Nacionais.

Na próxima semana, a Sanjoanense terá a primeira deslocação fora de portas ao sempre difícil Estádio Dr. Tavares da Silva, em Estarreja.

11 Inicial: Diogo, Tiago, João Pinto, Edgar e Markitos; Muxa, Fogaça e Piolho (Rui); Stefan, Alex e Mário.

Jogaram ainda: Vítor Silva (Stefan), Joãozinho (Fogaça) e Pardal (Markitos).