Visita a Gouveia foi amarga…

  • Sanjoanense merecia resultado bem melhor pelo jogo que fez.
  • Antijogo do Gouveia – que tudo fez para manter pelo menos o empate – foi uma constante.

 

Numa das maiores deslocações desta época, a Sanjoanense foi a Gouveia, de onde saiu derrotada pela formação local (2-1).

Depois do afastamento da Taça de Portugal, na semana anterior, os alvinegros sabiam que tinham que entrar bem no jogo e não permitir que o adversário se superiorizasse nos primeiros 45 minutos, como tinha acontecido em Espinho. E, à passagem do minuto 12, podiam ter inaugurado o marcador mas Vítor Silva chegou ligeiramente atrasado ao cruzamento de Ricardo Tavares, que se estreou a titular como defesa-esquerdo.

Numa primeira parte com poucas ocasiões de registo, só se verificou um novo lance de perigo por volta da meia hora de jogo e logo com o golo do Gouveia, na primeira vez em que os locais conseguiram visar a baliza sanjoanense. Na sequência de uma jogada de insistência pela zona central, Mendes rematou colocado, sem hipótese de defesa para Diogo Almeida.

Feridos no orgulho, os homens de São João da Madeira aumentaram a pressão e impuseram ainda mais o seu jogo, reduzindo o espaço de ação da formação serrana e apostando tudo no empate, que surgiria mesmo em cima do apito para o descanso, fruto de um autogolo de João Prietos, quando tentava desviar um novo cruzamento desde a esquerda de Ricardo Tavares.

O empate ao intervalo aceitava-se e acabava por dar justiça ao maior pendor da Sanjoanense, que foi sempre mais perigosa e com um fio de jogo mais esclarecido. Mas Pêpa não estava satisfeito e, na procura natural pelos três pontos, abdicou de Letz e Vítor Silva, lançando Ruizinho e Mário, na tentativa de dar maior dinâmica ao ataque.

O jogo, porém, não estava propício e a formação alvinegra continuava a sentir dificuldades em destacar-se, principalmente por culpa das constantes perdas de tempo propositadas e promovidas pela formação local, que tudo fazia para segurar um resultado positivo.

Ainda assim, a Sanjoanense não desistia de levar a melhor sobre o adversário mas, à passagem do minuto 65, a estratégia do Gouveia deu frutos e a formação da casa chegou à vantagem. Num lance muito duvidoso, Rui Silva, árbitro da partida, considerou que Catarino cometeu grande penalidade – fica a ideia de que não houve qualquer contacto e que o homem de Gouveia se aproveita do lance para conquistar a falta – e apontou para a marca do castigo máximo. Chamado a converter, Osório, que na época passada representou a Sanjoanense, não desperdiçou e estabeleceu aquele que viria a ser o resultado final.

De novo em desvantagem, Pêpa decidiu arriscar tudo e lançou o avançado Tono para o lugar do defesa João Edgar e, a 15 minutos do fim, o Gouveia ficou reduzido a 10, depois de Octávio ver o segundo amarelo por simulação.

Pouco depois, a Sanjoanense dispôs de nova oportunidade mas o golo foi negado, em cima da linha de baliza, por um jogador adversário.

Mesmo com mais um homem, a Sanjoanense não conseguiu o empate e, até final, nota apenas para os 8(!) minutos de desconto dados pelo árbitro da partida que, na realidade, poderia ter dado ainda mais. O antijogo dos comandados de Marco Tábuas foi constante e, imagine-se, até bolas eram lançadas para dentro de campo durante as investidas atacantes da Sanjoanense…

No entanto, tudo isso é história e a formação alvinegra saiu derrotada de Gouveia, mas pronta para dar a melhor resposta já no próximo fim-de-semana, na receção ao Gafanha.

 

11 Inicial: Diogo Almeida, Pardal, João Pinto, Edgar e Ricardo Tavares; Gian, Letz e Muxa; Alex, Catarino e Vítor Silva.

Jogaram ainda: Ruizinho (Letz), Mário (Vítor Silva) e Tono (Edgar). 

Coragem Alvi-Negra Merecia Mais

HC Turquel 7 x Sanjoanense 3

5 Inicial: Marco Lopes, Pedro Cerqueira, Filipe Leal, Chico Barreira e João Oliveira

Jogaram Ainda: David Nogueira, Tiago Ferraz, Alfredo Nogueira, Daniel Homem e Afonso Santos

Golos: Tiago Ferraz, Chico Barreira e João Oliveira

 

13 anos depois, a Sanjoanense voltou aos ringues da I Divisão. As obras no piso do Pav.Desportos ditaram a inversão da jornada e, assim, a formação de Vítor Pereira deslocou-se até à aldeia do hóquei que, de facto, é dona de uma estrutura organizativa muito forte.

Para primeiro cinco inicial da temporada, o técnico alvi-negro apostou em dois reforços: Filipe Leal e o jovem Pedro Cerqueira. O início de encontro mostrou uma Sanjoanense determinada a fazer algo em Turquel e, logo ao segundo minuto, Chico Barreira desperdiçou uma grande penalidade, atirando ao ferro. Dois minutos depois, Vasco Luís adiantou o Turquel no marcador, fazendo o 1-0.

Os homens da capital do calçado não acusaram o toque e continuaram a praticar o seu hóquei. Contudo, aos onze minutos, Pedro Cerqueira vê cartão azul e, no livre-directo, Vasco Luís não consegue bater Marco Lopes. A jogar em powerplay, Daniel Matias fez o 2-0, aos doze minutos, resultado que se manteve até ao intervalo, ainda que a Sanjoanense sempre mostrasse uma grande atitude, faltando melhorar a eficácia.

Eficácia essa que veio para a segunda parte juntamente com Tiago Ferraz que, aos seis minutos, reduziu para 2-1. E, aos sete minutos, foi a vez do veloz Chico Barreira entrar em cena, empatando a partida em Turquel. Era claramente o melhor período da Sanjoanense que mostrava grande carácter na aldeia do hóquei.

Mas, a jogar em casa e com a sua maior experiência, Vasco Luís soube aproveitar uma desatenção da defensiva sanjoanense e voltou a colocar o HC Turquel na frente do marcador. Aos onze minutos, os visitantes cometem a décima falta, mas Paulo Passos não consegue ultrapassar Marco Lopes.

Aos catorze minutos surge o momento decisivo do encontro, Alfredo Nogueira vê cartão azul e Daniel Matias amplia para 4-2 no respectivo livre-directo. Poderia a Sanjoanense ser mais cautelosa e levar um resultado incerto até aos minutos finais, tentando depois apostar em algo mais, mas Vítor Pereira sabia que o HC Turquel, equipa que mantém a mesma estrutura há vários anos, a jogar em sua casa saberia defender muito bem num cenário desses assim, a decisão do técnico foi procurar desde cedo algo mais, até porque a Sanjoanense merecia esse “algo mais”.

E, a jogar num adversário que está nas competições europeias e ficou em 6ºLugar na temporada anterior, o risco de sofrer mais golos com uma estratégia ofensiva era maior, tendo acontecido isso por duas vezes, com golos de Daniel Matias e Xavier Lourenço, de grande penalidade.

O capitão João Oliveira reduziu para 6-3, aos vinte minutos e Xavier Lourenço fez o resultado final de 7-3, aos vinte e um minutos.

Resultado exagerado para o carácter e determinação demonstrados pelos alvi-negros, que deixaram uma imagem de confiança para o futuro, faltando naturais ajustes mas não esquecendo que a pré-época tem sido atribulada pela falta de pavilhão para treinar.

13 Anos Depois, a Sanjoanense regressou à I Divisão. Como avalia esta primeira prestação?

Vítor Pereira: Tivemos uma grande atitude, fizemos um bom jogo, na recta final não estivemos tão bem como tínhamos estado, porque tivemos que arriscar e não tivemos medo disso, mas demos boas indicações contra uma equipa muito valiosa.

Na recta final considera que a sua equipa acusou algum desgaste psicológico por algumas decisões desfavoráveis da arbitragem?

V.P.: Eu não me quero desculpar com isso pois não foi por isso que perdemos, a verdade é que existiram algumas faltas com um critério e outras com outro, principalmente quando chegamos aos 2-2 começamos a acumular faltas, os jogadores ficaram desgastados, tentamos que eles recuperassem, viessem cá fora e respirassem, mas o 4-2 a oito minutos do fim forçou-nos a arriscar, porque nós viemos aqui não foi para perder por um score pequeno, foi para ganhar o jogo e quisemos arriscar.

Mas penso que esta dualidade de critérios foi o menos importante porque a minha equipa demonstrou um grande carácter, uma grande atitude e isso é o que me deixa mais satisfeito.

É esta imagem demonstrada aqui em Turquel, que podemos esperar da Sanjoanense, uma equipa de garra de crer e de luta, capaz de discutir o resultado?

V.P.: Sim, queremos disputar o jogo pelo jogo com todos os adversários, só assim conseguiremos atingir a manutenção, temos que ter muita garra, atitude e crer sempre cientes que estamos a defender a cidade de São João da Madeira. Volto a dizer, podíamos não ter arriscado tão cedo, podíamos ter levado o jogo incerto até ao fim mas a equipa do Turquel com todo o seu entrosamento e experiência não iria cometer erros e nós viemos aqui para ganhar e arriscamos para ganhar, contra uma formação que está nas competições europeias numa terra que respira hóquei.

Na próxima semana, a Sanjoanense desloca-se até Barcelos. Se esta noite defrontou o 6º classificado da temporada anterior, no próximo Sábado defronta o 7º, não é um início fácil?

V.P.: Sim, vamos jogar novamente fora o que é pena mas sabemos que vamos ter que jogar contra todas as equipas. Vamos a Barcelos para jogar com muita atitude e crer, como tivemos aqui hoje, estamos com um início de época atribulado mas nem por isso nos iremos declarar antecipadamente como derrotados. Vamos a Barcelos lutar pelos 3 pontos!

Entrevista a Vítor Pereira

Em entrevista ao Site da Sanjoanense, Vítor Pereira aborda a temporada que se inicia já este Sábado em Turquel, não deixando de recordar como se chegou a este ponto, ainda numa forma emotiva como assim foi o decisivo jogo que trouxe de volta a Sanjoanense à I Divisão

13 Anos depois, os alvi-negros voltam a disputar uma partida do mais alto escalão do hóquei em patins nacional e Vítor Pereira é o “homem do leme” pelo quarto ano seguido de uma equipa que tem como objectivo conseguir a manutenção.

Quase 4 meses depois, uma nova era se inicia em poucos dias. Mas começando por falar de como se chegou até aqui, recuando esses mesmos 4 meses e recorrendo às memórias de 10 de Junho, como é que foi ser o Vítor Pereira treinador e o Vítor Pereira adepto, numa partida em que estava em jogo 3 anos de trabalho e, quiçá, o futuro da secção?

V.P.: Existiu muita ansiedade e nervosismo no Vítor Pereira, foi um sofrer até ao fim pois estavam em jogo três anos de trabalho e o futuro do hóquei em patins da Sanjoanense e no final foi um sentimento de missão cumprida como treinador e um orgulho enorme como adepto da Sanjoanense.

Foi uma sensação completamente diferente que nunca tinha sentido como jogador, durante três anos eu fui o mentor de uma secção com muitos problemas, alguns que as pessoas nem imaginam, no fim depois do pénalti decisivo acho que foi o descarregar de todas as situações incríveis por que passamos, eu costumava dizer que, por vezes, lutávamos contra tudo e contra todos e, sem dúvida, que foram emoções que nunca tinha vivido enquanto jogador.

Nós, grupo de trabalho, e pessoas em torno do grupo de trabalho que acreditaram, carregamos esta carga emocional e esta pressão em torno da subida que realmente, com uma subida tão dramática e tão heróica, foi tudo muito emotivo.

Eu costumo dizer que nada na minha vida costuma ser fácil e esta parte desportiva, este play-out que tivemos que disputar, foi na forma mais difícil possível, mas foi talvez a forma mais saborosa.

 

Vendo os imensos vídeos que existem e olhando para aquela moldura humana, como é que se sente ser o timoneiro de um clube amador que, provavelmente, foi aquele que registou a maior assistência a nível nacional, na temporada passada?

V.P.: Senti um orgulho enorme, foi um sonho concretizado. Desde miúdo que via o Pavilhão da Sanjoanense sempre cheio e, quando passei a ser treinador, sonhava voltar a ver aquele Pavilhão como via nos tempos da minha juventude. Foi bom para a modalidade, foi óptimo para a Sanjoanense para que conseguíssemos ganhar mais força e motivação para o futuro e, claro, ficou uma marca registada na memória das pessoas.

Recebemos muitos comentários positivos de pessoas ligadas à modalidade que “deram a mão à palmatória” e reconheceram São João da Madeira como uma cidade de hóquei, que o é.

 

Em Braga a equipa jogou sem medo e com uma enorme alma, em SJM sentiu-se algum peso da pressão? Ou por outro lado foi o HC Braga que denotou a sua maior experiência e mais opções?

V.P.: Eu acho que o Braga era uma equipa que tinha valor para estar acima dos lugares de disputa de despromoção. Se calhar quando nos receberam em Braga pensavam que as coisas iam ser mais fáceis, em São João da Madeira jogaram de outra forma, provavelmente melhor preparados, nós também acusámos alguma ansiedade com jogadores que estavam desde o início deste projecto e que sabiam que era um momento decisivo para nós, o que fez com que praticássemos um hóquei mais cauteloso despoletando um jogo muito táctico, ninguém arriscou declaradamente o que denotou um grande respeito mútuo.

Provavelmente em Braga pensavam que nós íamos segurar o resultado para trazer a eliminatória aberta para São João da Madeira, onde sabiam que em casa éramos fortes, mas não foi isso que aconteceu pois tivemos uma postura diferente, e isso talvez surpreendeu o Braga.

 

Agora temos uma ADS diferente. Saíram Dani Bastos, Drejo, Franklin e João Costa, entraram Leal, Cerqueira, Daniel Homem e Afonso. O que é que cada um deles vem acrescentar?

V.P.: Com estes novos jogadores estamos mais fortes e mais equilibrados, toda a gente sabe que na temporada anterior a planificação inicial foi afectada e tivemos que remendar a equipa, o que fez com que ficássemos desequilibrados. Com estas contratações voltamos a ter esse equilíbrio, podemos não ter aquele jogador de renome e que decida jogos sozinho, mas temos um grupo coeso que valerá pela sua união.

 

A Sanjoanense na II Divisão assumia, na grande maioria dos jogos, a iniciativa. Agora na I Divisão, esse figurino terá, obrigatoriamente, que mudar?

V.P.: A I Divisão é diferente, considero que a I Divisão está repartida em três tipos de equipas: as de topo, que são profissionais e fazem treinos bi-diários, depois as que estão logo ali atrás com uma estrutura montada, bom nível de hóquei e boas condições e, por último, as que subiram e lutam para não descerem.

É claro que o figurino vai mudar um pouco, agora nós não vamos ser os “coitadinhos” nos jogos todos só porque vimos da II Divisão, teremos a nossa estratégia consoante o adversário, uns jogos certamente vamos tentar disputar o resultado logo de início, noutros vamos esperar pelos erros do adversário, mas queremos criar uma identidade própria para começarmos a cimentar a Sanjoanense na I Divisão.

 

Como avalia esta pré-temporada?

V.P.: Esta pré-temporada deve ter sido das mais complicadas que tive de programar, além da II Divisão começar mais cedo duas semanas que a I Divisão, fazendo com que apenas as equipas da I estejam livres para jogos-treino o que nem sempre é do nosso agrado.

Depois tivemos a dificuldade de não termos o piso como queríamos, agora nesta última semana andamos “com a casa às costas” porque o piso está em obras e, bem, é uma situação complicada, hoje treinamos num ringue que prende, amanhã treinamos num ringue que escorrega e isto traz algum desgaste psicológico, mas já estamos habituados às dificuldades.

De facto não é a pré-época que eu desejaria mas é a pré-época que temos e os jogadores têm respondido com grande disponibilidade.

 

Vítor Pereira por algumas vezes se mostrou evasivo sobre o seu futuro à frente do clube. Mas depois de consumada a subida, alguma vez lhe passou pela cabeça não ser o mentor deste novo projecto?

V.P.: Passou, porque com esta subida de divisão terminou um ciclo em que esperávamos ter subido um ano antes se as coisas tivessem corrido da melhor forma, não foi possível mas o objectivo foi conseguido.

Estando na I Divisão, era natural que mais pessoas aparecessem interessadas em treinar a equipa, a mim não me causaria transtorno porque nunca estive agarrado ao lugar, treino a Sanjoanense porque adoro o clube e a modalidade e poderia ter saído tranquilamente. Chegámos a um acordo para eu continuar à frente da equipa e estou contente pelo rumo que as coisas tomaram.

 

As condições que dizia serem necessárias para que a secção tivesse uma dinâmica de I Divisão, estão a ser reunidas?

V.P.: Eu penso que estamos a caminhar nesse sentido, ainda há muitas coisas a colmatar, muitas pessoas que têm medo de colaborar connosco pois se antes existia o medo de não subir de divisão, agora há o medo de descermos de divisão, mas estamos a caminhar de uma forma positiva, estamos em crescendo para que as condições se reúnam, ainda há muita coisa a melhorar e, posto isto, interessa garantir o objectivo desta temporada para depois se formar um projecto estável, com ou sem Vítor Pereira.

 

O que é que pode prometer aos adeptos?

V.P.: O que posso prometer é uma equipa lutadora, com orgulho de envergar a camisola da Sanjoanense e representar a cidade de São João da Madeira, com determinação para lutar pela manutenção e, assim, de uma vez por todas, chamar à atenção de algumas pessoas que ainda vêem o hóquei em patins como um “parente pobre” mas é preciso perceber que estamos a defender o clube no mais alto escalão nacional.

A nós, equipa, compete-nos, sem dúvida, lutar bastante para darmos alegrias aos nossos adeptos, que vão ser muitos em nossa casa e sei que, sempre que puderem, também nos vão acompanhar fora de casa. Esta temporada é óbvio que não vamos conseguir aquela média de pontos que conseguíamos na II Divisão, mas sei que os nossos adeptos percebem isso e não nos vão abandonar.

 

Foram precisos três anos para se chegar aqui e certamente muitas pessoas que contribuíram para isso. Agora mais a “frio”, e passada toda a euforia da subida de divisão, a quem é que o Vítor Pereira treinador quer agradecer e ainda não teve oportunidade para isso?

V.P.: Isto dos agradecimentos é sempre perigoso pois podemos esquecer alguém que não mereça ser esquecido. Ainda assim, agradeço essencialmente a todo o nosso grupo de trabalho nestes 3 anos, especialmente aqueles que acreditaram e mesmo aos jogadores que saíram por um ou outro motivo mas que saíram de uma forma elegante e alguns deles estiveram no jogo decisivo a apoiar-nos, depois à família que sai sempre prejudicada com o hóquei em patins, à empresa, ao meu sócio e colaboradores que são impecáveis em colmatar as minhas ausências devido ao hóquei, a todos aqueles que se puseram de corpo e alma neste projecto e ajudaram, de uma forma ou de outra, para que isto fosse possível.

Mas eu penso que aqueles que me conhecem sabem a quem eu estou agradecido, não quero agradecer a ninguém em especial porque isto foi uma vitória de todos os sanjoanenses, de todos os adeptos, da Força Negra que nunca nos faltou com nada, daqueles que trabalharam na divulgação, de todos os patrocinadores ou colaboradores, enfim, dos que acreditaram e fizeram com que Juntos Fôssemos Mais Fortes.

Agora acredito que, na I Divisão, Juntos (Continuaremos) a ser Mais Fortes!

 

 

Foto: AL

Futebol | Agenda do fim de semana

Futebol | Agenda do Fim de Semana

Seniores | Gouveia – Sanjoanense domingo 15h

Juniores | Canidelo – Sanjoanense sábado 15 h

Juvenis A | Sanjoanense – Paivense sábado 15h
Juvenis B | Sanjoanense – Tarei domingo 9h

Iniciados A | Sanjoanense – Avanca domingo 11h
Iniciados B | Anadia – Sanjoanense sábado 15h
Iniciados C | Caldas – Sanjoanense domingo 10h

Sanjoanense à procura de ajudas para Obras do Piso

“100 apoios x 100 tacos”, é assim que a Sanjoanense almeja conseguir fundos para as obras do ringue do Pavilhão dos Desportos.

A ideia, apresentada pelo presidente, Luís Vargas Cruz e pelo responsável pela secção, Henrique Almeida, em conferência de imprensa realizada na sede do clube, passa por tentar arranjar 100 pessoas/adeptos/entidades/empresas que se disponibilizem a dar 100€ o que faria um total de 10.000€ que cobriria grande parte das despesas da obra.

Para isso, a Sanjoanense tentará recompensar os doadores com um azulejo numa das paredes do pavilhão com o primeiro e último nome do doador ficando, assim, a sua ajuda para a posterioridade.

E porque o país está em crise e 100€ são um valor considerável, aqueles que quiserem contribuir com um valor menor também o podem fazer, transferindo o montante desejável para o NIB do clube ou, então, adquirindo rifas numa iniciativa lançada pela secção de hóquei que irá efectuar um sorteio de Natal com 4 prémios, cuja parte do prémio reverterá a favor do piso.

Dado que o valor da obra é substancialmente inferior à intervenção realizada nos balneários do Estádio, a ideia será apostar muito numa comunicação forte com o “passa-a-palavra” para que a cidade não seja estrangulada após muitas entidades terem contribuído para as obras do Conde Dias Garcia.

À semelhança dos trabalhos nos balneários, que contaram com uma comissão de obras, também esta intervenção terá uma comissão de obras composta por cinco sócios: António Anacleto, Carlos Henriques, Luís Filipe Pinho, Manuel Ribeiro e Paulo Vieira com uma missão específica de dar a conhecer as iniciativas previstas.

Para Luís Vargas, esta era uma intervenção “de carácter urgente” pelo “péssimo estado em que o piso se encontrava”, naquilo que considerava ser um “autêntico perigo para a saúde dos praticantes de hóquei, nomeadamente os mais pequenos, pelas farpas que saíam do piso”.

O presidente alvi-negro frisa que o clube espera que a Câmara Municipal colabore com alguma percentagem da verba, tal como foi essa a intenção manifestada em reuniões já realizadas.

Sanjoanense cai na Taça de Portugal

  • Formação de São João da Madeira nunca se conseguiu impor verdadeiramente mas merecia melhor resultado.
  • Apesar da culpa própria, a agressividade dos homens de Espinho e o estado do relvado impediram uma melhor exibição.

 

Depois de isenta na primeira eliminatória da Taça, a Sanjoanense deslocou-se a Espinho no último domingo para discutir, com a formação local, o acesso à terceira fase da competição.

 Em alta no Campeonato Nacional de Seniores (CNS), os comandados de Pêpa procuravam dar seguimento ao bom momento, enquanto o Espinho, depois de um início de época menos bom, tinha, na Taça de Portugal, uma excelente oportunidade de se erguer.

No estádio comendador Manuel Violas, com um relvado que deixava muito a desejar, Espinho e Sanjoanense entraram a respeitar o adversário, com uns primeiros 15 minutos de pouco risco e jogo muito dividido a meio-campo.

A Sanjoanense parecia melhor, com mais fio de jogo e envolvência, mas seria a formação da casa a criar perigo, já perto do minuto 20, quando Jonathan cruzou desde a direita e Samate, já na pequena área, não conseguiu o melhor desvio, atirando por cima.

A oportunidade de golo acordou o Espinho e os tigres acabariam mesmo por chegar ao golo, já depois de um remate perigoso de Miguel Moreira. À passagem da meia hora, uma desconcentração defensiva da Sanjoanense obrigou Muxa a travar um adversário já dentro da área e, chamado a converter o castigo máximo, o capitão Ricardo Correia não desperdiçou.

Em desvantagem, a Sanjoanense tinha que correr atrás do prejuízo mas não conseguia impor-se, muito por culpa da agressividade que pautava o jogo dos homens de Espinho. E que o diga Gian que, pelo seu poder físico e qualidade, foi um alvo em movimento durante todo o jogo!

Ao intervalo o resultado aceitava-se, face ao maior rendimento da formação local e exigia-se mais dos comandados de Pêpa, que pareciam apáticos e, por vezes, sem ideias.

O treinador alvinegro sabia disso e bem tentou dar um novo rumo ao jogo, ao lançar, já na segunda metade, Stefan para o lugar de Catarino, para tentar dar mais rapidez e rebeldia às alas. Mas, logo de seguida, novo balde de água fria. Tiago, que logo nos primeiros minutos da segunda parte tinha visto amarelo por protestos, tem uma entrada mais ríspida sobre Samate, tendo imediatamente recebido ordem de expulsão.

Com menos um homem, a tarefa adivinhava-se bem mais complicada mas nem por isso os homens de São João da Madeira baixaram os braços e, por volta dos 60 minutos, poderiam ter chegado ao empate, mas o cabeceamento de Vítor Silva, a passe de Muxa, saiu ao lado da baliza à guarda de Stephane.

Era, claramente, uma tarde «não» e nem a expulsão de Jonathan, também por acumulação de amarelos, se revelou benéfica. A Sanjoanense continuava muito esforçada mas em dificuldades e as oportunidades escasseavam.

E o Espinho lá tentava aproveitar, principalmente numa altura em que a formação alvinegra já jogava completamente balanceada no ataque. Tanto que, à passagem dos 75 minutos, os tigres estiveram perto de aumentar a vantagem, na sequência de um remate de Lapa ao poste da baliza de Pedro Justo.

Até final, nada iria mudar e a Sanjoanense, apesar do esforço, cai na 2ª Eliminatória da Taça de Portugal. Ficam por terra o sonho e a esperança de encontrar um grande do futebol nacional e centram-se as atenções no CNS, que se retoma já no próximo domingo com a deslocação a Gouveia.

 

11 Inicial: Pedro Justo, Tiago, João Pinto, Edgar e Muxa; Letz, Gian e Fogaça; Alex, Catarino e Vítor Silva.

 

Jogaram ainda: Stefan (Catarino), Pardal (Fogaça) e Piolho (Edgar).

 

 

Declarações de Pêpa:

 Pêpa, foi um jogo bastante equilibrado, decidido com uma grande penalidade ainda na primeira parte. Depois do que a Sanjoanense fez, sente que a derrota é um castigo demasiado pesado?

É pesado porque saímos daqui com a certeza de que podemos fazer mais e melhor. E a frustração é mesmo essa, a de saber que, se tivéssemos estado melhor, tínhamos passado esta eliminatória, mesmo contra o melhor Espinho. Mas o futebol é fértil nisto… Entrámos apáticos, o golo resulta de um erro de cobertura e acabámos por dar uma parte de avanço.

Na segunda parte pusemo-nos a jeito de algumas situações… Nos cinco minutos de desconto, por exemplo, jogou-se um. E isto foi-se arrastando ao longo do jogo. O Espinho, depois de marcar, ficou confortável, a jogar em casa, sempre com muitas faltas, mas nós é que nos pusemos a jeito. Independentemente do valor do Espinho, esta é a minha leitura.

E mesmo que não tenhamos estado bem, foi um jogo com muita luta, equilibrado e em que poderíamos, se tivéssemos tido maior agressividade e maior critério no último terço, ter saído vencedores.

Mas, acima de tudo, temos que nos queixar de nós próprios.

 

A agressividade do Espinho foi uma constante logo desde o início da partida. Sente que essa agressividade dificultou que a equipa impusesse o seu jogo?

Dificultou, mas quem está lá para ajuizar e segurar o jogo não somos nós… Houve entradas de sola, muito violentas e que não nos deixavam sair a jogar. Mas quem está lá para apitar é o árbitro, nós estamos para jogar.

Condicionou-nos um bocado, mas não serve de desculpa. Isso pode acontecer em vários jogos e não nos podemos agarrar ao critério do árbitro, temos que tentar sempre impor o nosso jogo, sabendo que, até agora, todos os jogos têm sido muito intensos e de grande luta.

 

Terminada a participação na Taça, a próxima deslocação é a Gouveia. O que é que se pode esperar do adversário?

É uma equipa que subiu, como nós, foi campeã na Associação da Guarda e voltamos à competição que é o objetivo principal, porque queremos estabilizar a equipa nos nacionais.

Mas é um jogo diferente e hoje [domingo] estou muito triste. No ano passado calhou-nos a fava, o Ribeirão tinha um orçamento enorme e não tivemos sorte no sorteio. Mas este ano sentimos que tínhamos uma possibilidade de sonhar…

Mas não foi possível e agora há que virar a página. A tristeza acaba hoje [domingo] e vamos começar já a trabalhar para o próximo jogo. E, com todo o respeito que tenho pelo Gouveia, vamos, como sempre, jogar para ganhar. Queremos os três pontos.

 

Agenda do Fim de Semana

Futebol | Agenda do fim de Semana

Seniores | Sp. Espinho – Sanjoanense domingo 15h -Taça de Portugal

Juniores | Sanjoanense – Sp. Espinho sábado 15h

Juvenis A | Gafanha – Sanjoanense domingo 9h
Juvenis B | Rio-Meão – Sanjoanense domingo 9h

Iniciados A | Beira-Mar – Sanjoanense domingo 11h
Iniciados B | Sanjoanense – Feirense domingo 11h
Iniciados C | Sanjoanense – Paramos domingo 9h

Ano de investimentos

Em Conferência de Imprensa realizada, ontem, na sede do Clube, no Pavilhão dos Desportos, o presidente Luís Vargas Cruz deu a conhecer o ponto da situação das obras nos balneários do Estádio Conde Dias Garcia e o início das Obras no Pavilhão Desportos. Relativamente às primeiras, finalmente há data para inauguração dos novos balneários que coincidirá com o feriado municipal que se celebra a 11 de Outubro. No dia seguinte, a recepção ao Gafanha apadrinha a estreia das infra-estruturas. O responsável máximo pelo clube fez questão de agradecer a algumas empresas, nomeadamente a Recer que ofereceu toda a cerâmica para os balneários, à Friparque que ofereceu duas caldeiras e um reservatório de 1000 litros, à Electro Sanjo que cedeu todo o material eléctrico e à Sanindusa que está em vias de chegar a entendimento com os alvi-negros para a colocação de todas as louças sanitárias. Luís Vargas explicou, ainda, que o orçamento para as obras sofreu um aumento devido às deficiências das redes de esgotos e porque, com esta panóplia de novas máquinas, foi necessário criar uma nova sala para as acolher. Relativamente ao Pavilhão dos Desportos, as obras iniciaram-se esta Segunda-Feira e, segundo o presidente da Sanjoanense, a “perigosidade que existia a nível de tacos indicava que um grave acidente podia acontecer a qualquer momento”. A enceradora do Bonfim foi a empresa escolhida, depois de analisadas várias propostas sendo que, para o clube, esta empresa ofereceu as melhores condições financeiras e de liquidação para a realização da obra, no menor espaço de tempo possível, que será de 15 dias. O valor total desta obra rondará os 15.000€ e brevemente serão anunciadas iniciativas para fazer face a estas despesas, sendo que há intenção da Câmara Municipal em comparticipar a obra. Com as obras no piso do pavilhão, a formação de andebol e de basquetebol pode, se desejar, voltar a jogar no Pavilhão Desportos faltando o aumento do ringue para que haja o regresso dos seniores.