Pedro Lisboa Tavares, 19 anos, um clube. A representar a Sanjoanense desde tenra idade, cedo deixou a sua marca, tornando-se muito influente nos diversos escalões por que passou e chegando mesmo a enveredar, durante largas épocas, a braçadeira de capitão.
Aposta regular, assumiu-se como um líder e apontou prioridades para os interesses coletivos, não se escondendo na altura de defender os colegas de equipa e o emblema que sempre carregou ao peito.
Várias vezes campeão, Pedro Lisboa tornou-se numa das figuras de proa da formação sanjoanense e recebeu, no final da última época, a tão esperada recompensa: o convite para integrar, na presente temporada, a equipa sénior do clube.
Hoje, assume o orgulho sentido por chegar à formação principal, não esquecendo, porém, o complexo trajeto que tem pela frente, num ano marcado pela transição e, simultaneamente, pela necessidade de afirmação num novo patamar.
Em entrevista ao nosso site, o jovem lembra o percurso até aqui efetuado, iniciado aos 7 anos e marcado por experiências que relembra com a emoção própria de quem vê a Sanjoanense como uma lição de vida e sente o peso de uma camisola com muita história.
Lisboa, és o protótipo do “menino da casa”. Fizeste toda a formação na Sanjoanense e sempre te revelaste como um dos atletas mais influentes das equipas por que passaste e assumiste, inclusivamente, a braçadeira de capitão. Isso ajudou a moldar-te enquanto jogador e pessoa?
Sim, porque desde muito cedo tive uma grande responsabilidade nos plantéis que integrei, responsabilidade que passava muito, também, pelos treinadores e colegas que encontrei, que me faziam sentir como um líder. Tentei sempre ser um exemplo para eles e demonstrar que os defendia em qualquer altura, que estava sempre com eles.
Foste um dos poucos juniores da última temporada a merecer a promoção à equipa sénior. Como é que encaraste este novo passo?
É um orgulho muito grande integrar a equipa sénior este ano, o meu primeiro como sénior, depois de ter feito toda a formação na Sanjoanense. Esta oportunidade é muito importante para mim porque qualquer pessoa que faça a formação toda cá tem como objetivo chegar à equipa principal.
Há pouco disseste que, enquanto capitão, sempre procuraste defender os teus colegas e ser um exemplo no clube. Agora, sentes que o clube não te abandonou nesta fase tão importante de transição?
Sim, porque acho que no último ano de juniores acabamos por ficar numa posição muito delicada. É um ano em que queremos mostrar tudo para que possamos ficar na equipa sénior. Sinto que alguns jogadores podem ter ficado tristes mas esta é uma época muito difícil. É um ano em que entramos para a Faculdade, muitos desistem, outros deixam de conseguir conciliar o futebol com os estudos a meio da temporada… É uma época de enorme esforço porque nos queremos mostrar e para quem continua a estudar é muito difícil. Mas como gostamos de futebol queremos ir até ao fim, queremos ter uma oportunidade.
Ao serviço da Sanjoanense, principalmente ao longo da formação, foste campeão por diversas vezes e tiveste, certamente, diversas experiências marcantes. Há algum momento que consigas destacar como o melhor?
O melhor?… Ter sido campeão de Infantis. Esse foi um ano muito bom… A nível de futebol de 11, todos os anos foram bons porque tive treinadores e colegas diferentes que me permitiram aprender cada vez mais. Cada treinador tem as suas ideias e os objetivos mudam a cada ano e isso fez com que essas épocas fossem muito marcantes pela aprendizagem que tive.
E como pior?
No meu primeiro ano de júnior estive quatro meses parado por lesão. A nível pessoal esse foi o pior momento. Em termos coletivos essa época foi também marcante pelas dificuldades que tivemos. Houve jogadores que desistiram, tivemos várias complicações e só conseguimos alcançar a manutenção a poucas jornadas do final do campeonato.
Foste muito fustigado por lesões, o que, ainda assim, não impediu que chegasses ao plantel sénior. As adversidades fizeram-te crescer?
Sim, sem dúvida, principalmente porque senti que algumas dessas lesões tinham como origem a falta de trabalho. Trabalho que devia ser feito fora do treino mas que acabava por desleixar e não achar importante, o que influenciava a minha performance. E foi isso que me fez ser mais focado e tentar trabalhar também fora do futebol, para prevenir problemas e melhorar alguns aspetos que não estavam tão bem.
Voltando ao presente, estreaste-te diante do Sousense, com quase 75 minutos de jogo. O que sentiste?
Sinceramente, nem esperava entrar… Senti uma ansiedade muito grande por estar a fazer a estreia no primeiro jogo que tínhamos à porta aberta, perante o nosso público. Senti-me nervoso, com ansiedade, por ser o primeiro jogo e por ser um encontro da Taça de Portugal, porque uma derrota afastava-nos da competição. Mas, por outro lado, a vitória dava uma confiança e motivação extra à equipa para os jogos que se avizinhavam e, com a grande confiança transmitida pelos meus colegas e treinadores, ao fim de cinco minutos em campo já estava tranquilo.
Pedro Lisboa no relvado do Centro de Formação | Fotografia: Daniel Oliveira/ads.pt
O que é que significa, para um menino da casa, pisar o relvado do Conde Dias Garcia?
É um enorme orgulho e uma responsabilidade muito grande! Todos os jogadores da Sanjoanense têm vontade de pisar aquele relvado e jogar perante o nosso público. A Sanjoanense tem uma cultura muito bairrista e um espírito muito forte, com base na raça e no querer, que nos ajudam a alcançar as vitórias. O ambiente que os adeptos trazem às diferentes modalidades faz com os atletas se sintam muito honrados.
Isso traz pressão adicional aos jogadores?
Não, não creio que seja pressão. E se for é no bom sentido porque os adeptos fazem-nos sentir que este não é um clube qualquer. É um clube com muita história e muito importante. É grandioso vestir esta camisola! É o peso de uma cidade que tem muitos anos de história no desporto e, por isso, se falarmos de pressão é apenas no bom sentido.
Uma das tuas características, enquanto jogador, é a polivalência em termos de posições. Assumiste-te como médio, ao longo da formação, mas jogaste também como defesa direito e, mais tarde, como defesa-central. Encaras isso como algo positivo ou temes que possa ser prejudicial para que te afirmes rapidamente?
Inicialmente via isso como pouco benéfico porque pensava que não estava a desenvolver tantas capacidades e a adquirir características de uma determinada posição. Não conseguia focar-me num único papel em campo. Mas com o tempo, e com as mensagens que ia recebendo dos treinadores, fui interiorizando características das diferentes posições, o que me permitia fazer o mínimo em cada uma delas.
Hoje vejo a polivalência de um jogador como algo bom porque no futebol não podemos conhecer uma única posição. Durante um jogo ou um treino, o treinador pode precisar de fazer alterações ou adotar novas estratégias e isso implica a utilização de jogadores com determinadas características, que saibam o que estão a fazer. E se soubermos desempenhar várias posições no campo somos uma mais-valia para o treinador, que passa a ter muitas mais opções.
A média de idades do plantel atual é bastante baixa e os últimos anos têm mostrado uma aposta nos atletas da formação do clube. Sentes que isso te pode beneficiar?
Sim, sinto, porque a nossa equipa, apesar da juventude, é constituída por jogadores que contam já com alguma experiência, não só no nosso campeonato mas também em patamares superiores. E por muito jovens que possam ser, há atletas que têm já muito conhecimento do mundo do futebol. Estamos todos ali pelo mesmo objetivo e somos mesmo muito próximos. Há muita ajuda na integração e isso pode ser muito bom para mim, por ser o meu primeiro ano como sénior.
Que expectativas tens, em termos individuais, para o que resta da temporada?
Continuar a aprender, a trabalhar para ter a minha oportunidade e a ajudar a equipa. Isso é essencial.
Até hoje, a Sanjoanense foi o único clube que representaste. Imaginas-te a vestir outra camisola?
Fotografia: Daniel Oliveira
Não. Primeiro quero marcar um pouco da história da Sanjoanense e mostrar quem sou e aquilo que posso dar ao clube. Só depois de alcançado esse objetivo é que poderei pensar noutro projeto.
O que é para ti a Sanjoanense?
É o meu clube, o clube da minha cidade, o clube onde tive as maiores alegrias… Onde, mais do que tudo, ganhei a maior parte dos meus amigos e passei dos melhores momentos da minha vida. E é onde espero continuar a ser muito feliz e a adquirir um conhecimento ainda maior do futebol. Essencialmente, é o clube de que gosto, por ser da minha cidade e por ter ajudado na minha formação.
É uma lição de vida?
Sim, é! Principalmente por tudo aquilo que nos transmite e faz sentir, pela aprendizagem que temos no tempo que cá passamos…
Como a defines, numa palavra?
Formação.
Que conselhos transmites aos atletas mais jovens?
Trabalhem sempre pelos vossos objetivos, nunca desistam, vão até ao fim e nunca pensem que o que fizeram é suficiente. Tentem fazer sempre mais porque isso ajuda-nos a atingir pontos mais altos. Se temos ambições, temos que lutar e trabalhar e, por isso, o cansaço tem que ser motivo para trabalhar ainda mais para que possam chegar mais longe. Só assim conseguem atingir os vossos objetivos.
No ultimo jogo da primeira volta do campeonato equipa de juniores da Sanjoanense venceu o Sousense fora por 2-1. Na primeira parte em que a nossa equipa não esteve bem, fruto disso iria a perder 1-0 para intervalo, na segunda parte Organista fez o empate e quando toda a gente pensava que o jogo iria ficar empatado, António depois de uma jogada de insistência de Zé Mota fez o 2-1. O campeonato vai ter uma paragem devido aos compromissos da Seleção Nacional regressando dia 21de novembro.
ADS: Tiago, Daniel (Manuel), Soares, Organista, Pedro Neves, Braz, Tiago Fonseca, Rui Neves (Zé Mota), Luís Rebelo (Rochinha), António e Paulinho.
Nacional de Juvenis
No derbi regional entre vizinhos a Sanjoanense venceu a Oliveirense por 1-0. Num jogo com muito publico assistir, a Sanjoanense teve o controlo do jogo durante quase toda a partida, João Guimarães fez a diferença ao apontar o golo da vitória depois de uma excelente jogada de Ruben Martins, minutos depois Guimarães podia ter bisado na partida mas duas boas defesas do guarda redes da Oliveirense não o permitiram.
A nossa equipa soma 13 pontos ocupando 0 4º lugar da classificação, na próxima jornada vai defrontar a equipa do Leixões.
ADS: Rolhas, Vidigueira, Vitinha, Seixas, Titi, Marcelo, Pedro Pinho, Andrezo (Ruben Gomes), Ruben Martins, Diogo Fontes (Tiago), e João Guimarães (Rafael).
Nacional de Iniciados
O líder do campeonato Tondela venceu a Sanjoanense pela margem mínima. Num jogo nem sempre bem jogado o Tondela aproveitou uma falha da defesa da Sanjoanense para se adiantar na partida. Na próxima jornada a nossa equipa desloca-se a Fiães para defrontar a equipa local.
ADS: Duarte, André, Tiago Pinto, Jorge, Diogo, Ivo, Rica, Hugo Lopes, Rodrigo (Márcio), Canelas e André Pereira (Edu).
Destaque para o jogo de Juvenis entre a Sanjoanense e o F. C. Porto, de referir que este fim de semana arrancam os campeonatos de futebol 7 no escalão de Infantis.
Seniores | Vildemoinhos – ADS sábado 15h
Juniores A | ADS – Paredes sábado 15h
Juniores B | ADS – Esmoriz sábado 17h15
Juvenis A | ADS – F.C. Porto domingo 11h
Juvenis B | Feirense – ADS domingo 9h
Iniciados A | Gondomar – ADS domingo 11h
Iniciados B | ADS – Feirense domingo 9h
Iniciados C | Arouca – ADS domingo 9h
Edição de 2015 será composta por 72 equipas e possibilitará redução dos custos que lhe estão associados.
Evento é apadrinhado por Rúben Neves, médio sanjoanense que representa o Desportivo das Aves.
«Decidimos redimensionar o torneio à realidade do clube». Foi desta forma que Paulo Correia, Coordenador Técnico da Associação Desportiva Sanjoanense, apresentou a terceira edição do Torneio de Futebol Cidade S. João da Madeira – ADS Cup, que trará à cidade 72 equipas, número recorde do evento.
O torneio, que decorrerá entre os dias 19 e 21 de junho, visa, de acordo com o responsável, «uma realidade competitiva totalmente diferente» das competições oficiais disputadas ao longo da época e será composto por «equipas sem custos associados», provenientes de nove distritos portugueses e subdivididas em seis escalões, desde Traquinas B a Infantis A.
Depois de duas edições de sucesso, o ADS Cup regressa em força e deverá continuar a causar forte impacto na cidade, como realçou Luís Vargas, presidente do clube, que assumiu o desejo de que «num futuro próximo, o ADS Cup ganhe a notoriedade do AndebolMania» para se tornar «um torneio de referência».
A cerimónia contou ainda com a presença de Miguel Oliveira, vice-presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira, que elogiou a iniciativa e assegurou «todo o apoio» à estrutura.
A edição de 2015 conta com o patrocínio da marca Hummel e será apadrinhada por Rúben Neves, médio formado na Sanjoanense e que representa o Desportivo das Aves, que não escondeu o «grande orgulho» pelo convite, especialmente por partir do «clube do coração».