Comunicado

Em defesa dos interesses da Associação Desportiva Sanjoanense e da verdade desportiva, dirigimos à Federação Portuguesa de Basquetebol e ao Conselho de Arbitragem a exposição a seguir transcrita:

“Face aos acontecimentos registados no 3.º jogo da final do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Feminina, que teve lugar em Barcelos, vem a Associação Desportiva Sanjoanense expressar o seu mais veemente repúdio e indignação pelo seguinte:

1. Estranhamente, e ao contrário do que havia sido divulgado atempadamente, a árbitra principal designada para o jogo em apreço, Sara Rodrigues, foi substituída, repentinamente e sem qualquer aviso prévio, pelo árbitro Nuno Monteiro, que, curiosamente ou talvez não, viria a ser o principal protagonista dos momentos mais deploráveis da final disputada entre os clubes envolvidos, tal foi a evidente dualidade e desigualdade de critérios que presidiram as decisões que tomou, com influência no resultado final, como adiante ficará demonstrado.

2. Surpreende ainda a designação para o mesmo jogo do árbitro Bruno Correia, porquanto já tinha apitado o 1.º jogo da final, tendo tido, em ambas as partidas, uma atuação bastante negativa.

3. De facto, enquanto foi permitido jogar de igual para igual, a Associação Desportiva Sanjoanense venceu o 1.º e 2.º período, chegando ao intervalo com uma vantagem de 9 pontos.

4. Acontece que, a partir de determinada altura, a dupla de arbitragem decidiu assumir o protagonismo do jogo e passou a condicionar, de forma gritante, a prestação da equipa da ADS, admoestando, sem qualquer justificação, a nossa atleta Hannah Armour com 4 faltas, até terminar o 4.º período.

5. Ainda assim, e contra tudo e contra todos, a nossa equipa conseguiu alcançar um empate no final do tempo regulamentar com muito esforço e galhardia das atletas, apesar dos factos referidos anteriormente.

6. Infelizmente, assistimos a um prolongamento com uma atuação ainda mais miserável da equipa de arbitragem, que não se inibiu de inventar, descaradamente, uma alegada 5.ª falta da nossa atleta Hannah Armour, excluindo-a do jogo, o que provocou claramente um desequilíbrio na capacidade das equipas envolvidas.

7. Em concreto, e com especial detalhe, importa realçar os seguintes factos:

a) A 1.ª falta atribuída à nossa atleta Hannah Armour resulta, nitidamente, de uma simulação da atleta adversária;

b) Na 3.ª falta que lhe foi sinalizada (6 minutos do 3.º período) é perfeitamente percetível que a nossa atleta Hannah Armour coloca os braços atrás das costas evitando o contato físico, não infringindo, por isso, qualquer regra de jogo.

c) A 4.ª falta atribuída à mesma atleta é precedida de “passos” da jogadora adversária. Ainda que assim não fosse, não se vislumbra qualquer contacto provocado pela nossa atleta que justificasse a marcação de falta. Note-se que, nesta jogada, o árbitro está bem posicionado, sendo que, naquele momento, a Associação Desportiva Sanjoanense estava a ganhar por 2 pontos, quando faltavam apenas 13 segundos para o final do 4.º período.

d) Por fim, a 5.ª falta, que foi sancionada já em período de prolongamento, configura o erro mais grosseiro da equipa de arbitragem, em particular do árbitro Nuno Monteiro, o que agudiza ainda mais a nossa estupefação e descontentamento. Ao invés da decisão que este tomou, a falta deveria ter sido aplicada à atleta adversária por simulação perfeitamente evidente.

8. Na verdade, o que se passou no desenrolar da partida não foram erros técnicos cometidos pelos árbitros. Foram, isso sim, interpretações abusivas das leis do jogo e até decisões tendenciosas nos critérios adotados na apreciação dos lances do jogo, traduzindo-se num claro condicionamento do resultado desportivo.

9. A Associação Desportiva Sanjoanense é das instituições desportivas mais ecléticas do país e está a apenas 9 meses de atingir o seu centenário, pelo que merece todo o respeito e a sua direção não aceita que sejamos prejudicados desta forma. Somos um clube de gente séria, honesta e trabalhadora, assim como a nossa equipa sénior feminina de basquetebol, cujas atletas, treinadores e dirigentes envergam as cores alvinegras com total afinco, dedicação e competência.

10. Está tudo gravado, filmado e transmitido em direto para que todos vejam a injustiça e a dualidade de critérios aplicados no jogo (cfr. anexo).

Pelo que precede, exigimos que a Federação Portuguesa de Basquetebol e o Conselho de Arbitragem estejam atentos e tomem as medidas necessárias com vista a repor a verdade desportiva.

A Direção da ADS”