Pedro Pinho, 22 anos, natural de Vale de Cambra iniciou a sua formação nas escolinhas de Lordelo, ingressou na Sanjoanense aos 14 anos, onde jogou 6 épocas, no último ano de júnior transferiu-se para Académica de Coimbra, com uma breve passagem no SC Espinho. Jogador formado na Sanjoanense é aposta regular na equipa da Sanjoanense.
Como surgiu o futebol na tua vida?
Desde pequeno que jogo futebol, já na altura dos primeiros passos a bola estava ligada à minha vida. Foi sempre aquilo com que mais gostei de brincar, não havia outra coisa que despertasse a minha atenção, foi e continua a ser a minha grande paixão.
Começaste a tua formação nas escolinhas de Lordelo, fala-nos desses tempos?
A oportunidade de começar a praticar futebol surgiu quando ingressei na escola primária, aos 6 anos, onde uma das minhas professoras me incentivou a ingressar num clube, que acabou por ser as escolinhas de Lordelo, um clube de Vale de Cambra. É o prazer de qualquer criança, poder desfrutar do seu tempo a jogar futebol com os amigos. Recordo esses tempos sempre com um sorriso na cara, pois foi onde tudo se iniciou e onde vivi momentos felizes.
Como surgiu a Sanjoanense na tua formação?
A Sanjoanense surgiu em 2014 após a minha saída do FC Porto, foi o clube que mais demonstrou interesse em mim e aquele que criou as possibilidades para que continuasse a jogar ao mais alto nível, pois disputava campeonatos nacionais. Sempre foi um clube que as pessoas elogiavam, tive amigos que me incentivaram a ingressar na Sanjoanense pois era onde se sentiam bem e onde existiam condições para crescer, tanto profissionalmente como pessoalmente.
És formado em ciências do desporto, foi fácil conciliar os estudos com o futebol?
Não foi uma tarefa fácil, mas os estudos não podiam ficar para trás. Desde pequeno que o meu sonho era ser jogador profissional, mas os meus pais sempre me incentivaram a manter os estudos. Acabei por escolher uma área relacionada com o futebol e o desporto em geral no ensino superior, e quando fazemos algo que gostamos as coisas tornam se mais fáceis. Felizmente consegui manter ambos (futebol e estudos), e isso é algo que me deixa orgulhoso.
Surgiu convite da Académica, como foi a mudança para Coimbra?
A mudança nunca é fácil, seja ela qual for. Foram os primeiros tempos que vivi sem a presença diária dos meus pais, e isso colocou me algum receio. Foi sem dúvida uma etapa muito importante no meu crescimento, tornei me mais responsável e foquei me bastante nos meus objetivos, mas tive sempre o apoio da minha família. Tive ainda o prazer de fazer grandes amizades, tanto na faculdade como na Académica, por isso trago boas memórias da cidade dos estudantes.
Estreaste como Sénior nos sub23 da Académica, foi importante jogares nos sub 23 antes de passares para equipa A?
Foi sem sombra de dúvida uma etapa importante para mim, ter a oportunidade de crescer e estar a um passo bem mais pequeno da equipa principal. As pessoas com quem lidei diariamente nessa altura trabalharam de forma exemplar para que eu e os meus colegas estivéssemos cada vez mais preparados para a realidade dos campeonatos profissionais, e só tenho a agradecer a cada um deles pelo crescimento que tive.
Na segunda época nos sub 23 da Académica marcaste 8 golos em 23 jogos, foi a tua melhor época até hoje?
Creio que sim, foi realmente uma boa época, tanto a nível individual como coletivo. A base de tudo está na forma como trabalhei junto com os meus colegas, a seriedade posta no dia a dia e o compromisso que tínhamos uns para com os outros. Foi graças a esse empenho de todos que tive a possibilidade de apresentar “estes números”, que me encaminhou para o contrato profissional no final da época.
Regressaste à Sanjoanense, qual foi sensação?
Costuma se dizer que é sempre bom voltar a casa, e aqui não é exceção. Foi esse mesmo sentimento que tive, poder voltar a representar um clube que me deu tanto e que tenho um orgulho imenso em representar.
És um jogador formado na Sanjoanense, é uma responsabilidade acrescida?
Claro que sim, tanto eu como outros colegas de equipa que são formados na Sanjoanense tentamos passar diariamente a mística a quem chega de novo ao clube, o que significa ser Sanjoanense. É um clube quase centenário e que tem muita história e tradições, há que respeitar e honrar essa mesma história.

Sentes que és um exemplo para os jovens da formação ADS?
De certo modo, acredito que sim… nos meus tempos de formação na Sanjoanense aquilo que mais gostava era de ter a oportunidade de representar a equipa principal no Conde Dias Garcia, e suponho que os jovens da formação construam a ambição de alcançar o mesmo ao verem que atingi esse objetivo.
Define a Sanjoanense numa palavra?
Gigante
Quais são os teus objectivos para esta temporada?
Ajudar a equipa a alcançar os seus objetivos, se a equipa estiver bem todos saímos beneficiados.
Jogas na posição de médio, qual é o jogador que mais te identificas?
Atualmente diria Matheus Nunes, temos várias características em comum. De sempre, Lucho González.
Qual o melhor momento da tua carreira até ao momento?
Eu diria que foi a assinatura do meu primeiro contrato profissional, pois era algo que ambicionava desde muito cedo e foi um passo importante na minha carreira.
E o pior?
Penso que nenhum se destaca, mas a impossibilidade de não poder fazer aquilo que mais gosto e ajudar a equipa por lesão é dos momentos mais difíceis para qualquer jogador.
A Sanjoanense soma 8 pontos em 4 jogos, que Sanjoanense podemos contar esta época?
Tivemos um bom começo esta época, podem esperar uma Sanjoanense que procura sempre os 3 pontos, que luta de início ao fim e que tenta praticar um futebol atrativo. Estes 4 primeiros jogos que tivemos são a prova disso.
Acompanhas as outras modalidades da Sanjoanense?
Sim, principalmente o hóquei. É arrepiante o ambiente que se vive no caldeirão, já tive o prazer de acompanhar uma subida ao principal escalão nesta modalidade e não há palavras para exprimir esse sentimento. Há que valorizar a entrega dos sanjoanenses no apoio às várias modalidades, esse apoio reflete se dentro do campo.
Qual o Treinador que te mais marcou?
De certa forma todos os treinadores me marcaram. O importante é retirar aquilo que cada um me pode oferecer para melhorar o meu jogo e com isso ajudar a equipa.
Com que jogador mais gostaste de jogar?
Tive e tenho o privilégio de partilhar o balneário com jogadores com muita qualidade. Este ano reencontrei um colega de equipa, o Tiago Veiga, que já tinha sido meu companheiro na Académica, e sempre foi um jogador que admirei. Infelizmente teve uma lesão grave no início desta época, mas espero que volte o mais rapidamente possível, pois é um gosto partilhar o relvado com ele.
A Sanjoanense é conhecida pela massa adepta que tem, dentro de campo sentes esse apoio?
Sem dúvida. O apoio dos sanjoanenses e da força negra é fundamental para alcançarmos os nossos objetivos. Muito daquilo que temos vindo a conquistar se deve ao apoio deles, seja onde for.
Queres deixar uma mensagem aos Sanjoanenses?
Que nos continuem a apoiar e que acreditem em nós, pois de tudo vamos fazer para elevar a Sanjoanense.