Faltou um gola à Sanjoanense para subir à 3ª Liga

Estádio Conde Dias Garcia

Sanjoanense 0 x S. João de Ver 0

Árbitro: José Almeida – AF Lisboa

Sanjoanense; Diogo Almeida, Aldair, Ruben, Godinho (C) (Paulinho 82), Gil Barros (Jota 71), Barbosa (George 62), Danso, Sam (Nonato 71), Márcio (Zé Leite 62), Mário Correia e Tarcísio.

Treinador – Sérgio Machado


SJ Ver: Leo, Ruben, Emanuel, Nuno Martins, Pedro Santos, Miguel Silva, Aranha, Mauricio (Milhazes 78), Elisio (Ibrahima 78), Vieirinha (Alex 70), e Yonder (Edu 92).

Treinador – Nuno Pedro

Empate entre AD Sanjoanense e SC S. João de Ver (0-0) impediu subida dos alvinegros à Liga 3. Jogo bem disputado onde só faltaram os golos. Alvinegros queixam-se da não marcação de uma grande penalidade aos 67 minutos, que poderia dar subida.

Na última jornada da Fase de Acesso à Liga 3, a AD Sanjoanense recebeu o SC S. João de Ver, numa partida que era encarada como uma final. A entrada para a partida os visitantes sabiam que o empate era suficiente, mas os alvinegros teriam de vencer por uma ou duas bolas de diferença, dependendo do resultado do jogo Leça com o Gondomar.

Focados nos três pontos, os homens de Sérgio Machado entraram em jogo determinados a chegar ao golo o mais rápido possível. Logo aos três minutos, Gil Barros deixa o primeiro aviso a Leo, com um forte remate a sair ao lado do poste esquerdo. Três minutos depois é Sam, em jogada de contra-ataque, a soltar para Tarcísio, que apareceu do lado esquerdo do ataque alvinegro, a rematar para corte providencial de Aranha, para canto. Na sequência da marcação do canto, Márcio voltou a levar perigo às redes dos malapeiros.

Tarcísio a criar perigo junto da baliza de Leo

Boa entrada da Sanjoanense em jogo, mas o S. João de Ver ia tentando responder com algumas subidas até junto da área de Diogo Almeida. Mas, o sinal mais era dos homens da casa. À passagem dos 14 minutos, grande oportunidade de golo nos pés de Tarcísio, que à entrada da área rematou forte, mas a bola acabou por passar por cima do travessão da baliza de Leo. Dois minutos depois foi Mário, em zona frontal a rematar para defesa de Leo a dois tempos.

O S. João de Ver só aos 19 minutos é que conseguiu criar algum calafrio junto das redes dos homens da casa, por Miguel Silva, em lance de bola parada. Mas, continuava a ser a Sanjoanense a ter mais posse de bola. Aos 25 minutos, Mário criou nova situação de golo, mas a demora na decisão fez com que se gorasse nova oportunidade.

Não marcavam os da casa, e quase chegavam ao golo aos homens de Nuno Pedro. Primeiro foi Elísio que esteve perto do golo, mas Diogo desviou para canto. E, na sequência do canto, é Aldair a evitar o pior. Foi o melhor do S. João de Ver no primeiro tempo, que terminou sem que o marcador se alterasse.

As equipas recolheram aos balneários empatadas (0-0), mas o jogo prometia golos, até porque o empenho das duas equipas a isso levava a crer.

O arranque do segundo tempo trouxe um S. João de Ver mais ofensivo. Primeiro, aos 57 minutos, de bola parada, Vierinha tenta criar algum perigo. Dois minutos depois é a vez de Silvestre, que ao segundo poste obriga Diogo Almeida a uma defesa para canto.

O jogo entrava numa fase mais mexida, também por força das alterações feitas por Sérgio Machado, que lançou no jogo George e Zé Leite, dois jogadores bem dotados tecnicamente. E foi precisamente dos pés de Zé Leite que nasceu o lance que poderia ter feito toda a diferença no jogo. Aos 67 minutos, grande arrancada do 34 dos alvinegros, que entrou na área e foi derrubado pelo seu adversário, mas com José Almeida a não marcar a grande penalidade, um lance muito contestado por todo o banco da Sanjoanense.

Mário bem tentou mas a defesa malapeira impediu o golo

No minuto seguinte é Mário a ficar novamente perto do golo, ao cabecear por cima da barra. O mesmo Mário voltou a estar perto do golo, à passagem dos 82 minutos, após passe de Nonato, mas a falhar o cabeceamento. Entretanto, de Leça vinham boas notícias, com o empate na partida, o que fazia com que um golo dos alvinegros colocava-os na Liga 3.

Era uma fase eletrizante da partida, e aos 86 minutos foram os visitantes a criar perigo, mas Diogo a resolver. E, era o tudo por tudo à procura do golo que valia a subida e do lado dos malapeiros a fechar os caminhos da sua baliza.

José Almeida deu apenas quatro minutos de tempo adicional, no nosso entendimento muito pouco para o número de paragens do jogo, sendo que muitas delas haviam sido provocadas pelos visitantes. O final da partida chegou com empate a zero, resultado que deixou a Sanjoanense à beira do sonho, mas com o sentimento de frustração por ver deixar escapar a oportunidade por entre os dedos. No final os jogadores alvinegros ficaram prostrados no relvado, e Godinho abandonava o relvado em lágrimas, naquele que foi o último jogo da sua carreira como jogador.

Equipa em sintonia com os adeptos

Já depois do jogo terminado, a equipa dirigiu-se à entrada do estádio e agradeceu todo o apoio que os elementos da Força Negra deram ao longo de toda a época, mesmo sem poderem estar presentes.

Jornal ORegional

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AD Sanjoanense