Novo jogo, chip renovado. Assim o garante Flávio das Neves que, apesar de assumir a dificuldade em ultrapassar a derrota do último domingo, em Cesar, assegura uma equipa recuperada e preparada para enfrentar as condicionantes que possam surgir.
Num jogo que pode repor oito pontos de distância em relação aos últimos lugares, não há espaço para deslizes e, na mente, a formação alvinegra tem um único objetivo: a vitória!
Sobre a receção ao Oliveira de Frades: Será um jogo com grande nível de dificuldade, muito por culpa do estado do terreno, que nos impediu de realizar uma semana normal de treinos, para que o pudéssemos poupar. Vai ser um jogo na linha dos jogos contra o Mortágua, o Lusitano e o Gafanha, com muita água e o relvado mole. Mas os nossos jogadores estão habituados a estas contrariedades e será bastante difícil para o Oliveira de Frades, que é uma equipa habituada a jogar em relvado sintético e que pode não estar preparada para disputar 90 minutos num campo tão pesado como este.
Tenho confiança no ritmo de jogo e na capacidade física da nossa equipa, que está num bom momento de forma e, portanto, espero um jogo conseguido da nossa parte. Mas é como sempre digo: neste estado, o relvado nivela as equipas e o jogo pode tornar-se numa lotaria… Espero que não chova no domingo para que possamos ter um relvado mais cuidado. Quem está habituado a jogar no relvado pode tirar vantagem mas temos que ter muito cuidado. O campeonato está longe de estar resolvido e a derrota de domingo passado, em Cesar, foi um forte revés, do qual ainda mal me refiz. Mas temos que ir à luta e o jogo do próximo domingo é o mais importante da época porque pode permitir voltar cavar um fosso de oito pontos para os últimos lugares, o que nos tranquilizaria imenso para o futuro. Caso contrário, se tivermos o azar de cometer erros como os de domingo passado, podemos ter que andar atrás dos resultados e isso não pode acontecer, pelo valor individual e coletivo da equipa. Só temos um objetivo para este jogo: a vitória!
Vantagens de um terreno pesado: Acredito que possamos tirar alguma vantagem do estado do terreno. Nos últimos jogos que disputámos em casa, os adversários mal passavam do meio-campo porque chegavam aos 30 minutos com algumas dificuldades físicas. Nós, pelo contrário, estamos preparados para isso e trabalhamos regularmente para nos adaptarmos ao terreno neste estado. Sabemos bem como temos que jogar e estamos mais do que preparados para estas condições. Mas as estatísticas não ganham jogos e nós temos que nos precaver. O Oliveira de Frades, apesar de algumas alterações no plantel, já fez três pontos e encurtou distâncias em relação à nossa equipa. Uma vitória cá pode colocá-los bem perto de nós… Mas, como já disse, uma vitória nossa devolve-nos os oito pontos de vantagem, o que nos pode tranquilizar.
Ainda assim, importa lembrar que, apesar da derrota, a exibição do último domingo foi espetacular durante 89′ e só os últimos três estavam fora do programa… Mas como o jogo só acaba quando o árbitro apita, saímos prejudicados com os erros cometidos. Fomos muito melhores mas acabámos sem pontos e temos que prevenir situações semelhantes.
Recuperação psicológica: Era importante recuperar a equipa em termos psicológicos e fazer com que os jogadores percebessem que fizeram um grande jogo. E eles sabem isso. Estivemos 89′ em grande e consentimos dois golos nos últimos minutos. Mostrámos pouca maturidade, pouca experiência e pouca determinação na abordagem aos lances. Isso marcou os jogadores mas todos percebemos onde errámos e, a partir de agora, esse é um jogo que fica para trás. Se a equipa tivesse jogado mal, seria muito preocupante, mas, tendo em conta toda aquela produção e a qualidade técnica e tática demonstrada, vamos assumir que foi um acidente de percurso que nos deixou marcas mas que não poderá voltar a acontecer.