Só faltou o golo no regresso de Flávio…

  • Flávio das Neves regressou ao banco alvinegro mas não conseguiu o tão esperado triunfo caseiro.
  • Sanjoanense subiu de rendimento ao longo do encontro mas não desfez o nulo.

Em jogo que marcava o regresso de Flávio das Neves a uma casa que bem conhece, a Sanjoanense não conseguiu desfazer o nulo perante um Oliveira de Frades com poucos argumentos, mantendo, assim, o jejum caseiro que teima em perdurar.

Pela primeira vez no banco de suplentes em jogos oficiais, depois de ter sucedido a Ricardo Sousa no comando da equipa sénior de futebol, Flávio das Neves fez alinhar o mesmo onze que defrontou o Lusitânia de Lourosa, dando primazia a diferentes movimentações e a uma abordagem de domínio e controlo do jogo.
Ainda assim, a primeira parte revelou-se escassa em oportunidades e emoção e foram apenas dois os lances de registo. Logo aos 8 minutos, Ruben Neves atirou ligeiramente por cima da baliza à guarda de André e, à passagem da meia hora, Lucas Klysman, na sequência de uma boa investida individual, acabou por rematar já de ângulo apertado, falhando por pouco o alvo.

O empate registado ao intervalo adequava-se aos poucos lances de perigo registados e abria portas a uma segunda parte diferente, que pedia uma Sanjoanense mais ativa e objetiva na procura da vitória.

E os alvinegros regressaram, de facto, inconformados com o empate, procurando quebrar, com muitas incursões no último terço, a aparente barreira que tem imperado nos jogos perante o seu público. Ruben Neves foi o primeiro a tentar a sorte, de livre direto, mas falhou por pouco a baliza contrária e, pouco depois, Brandão descobriu Danilo mas o médio, já na grande área, rematou fraco para defesa fácil de André. Pelo meio, a formação de Oliveira de Frades deu “um ar da sua graça” mas Diogo, com uma defesa segura, agarrou o forte remate de Álvaro, na cobrança de um livre.

Naquele que era melhor período da Sanjoanense, Ronan visou também a baliza contrária mas, depois de tirar dois defesas do caminho, rematou à figura de André. Ainda assim, foi dos pés de Júlio que, aos 75 minutos, saiu o momento da tarde. Lançado pouco antes para o lugar de Ruben Alves, o médio dominou uma bola aliviada pela defesa forasteira e, a cerca de 25 metros da baliza, apontou ao ângulo, tendo visto o golo negado por uma fantástica intervenção do guarda-redes adversário, que desviou a bola para a trave.

No pressing final, e já com Ricardo Oliveira no apoio a Ronan, foi o avançado português quem teve nos pés uma das melhores oportunidades do encontro mas, após cruzamento de Chapinha e erro da defesa contrária, acabou por permitir a defesa a André, não conseguindo desfazer o nulo.

O empate mantém o registo pouco simpático no Conde Dias Garcia mas nada altera em termos de classificação geral, uma vez que a Sanjoanense beneficia da derrota do Anadia e do empate do Lusitânia de Lourosa, adversários diretos, para se manter no quarto lugar, a apenas três pontos do segundo posto, o último que dá acesso à fase de promoção.

AD Sanjoanense: Diogo, Brandão, Fabeta, Burgos, Ricardo Tavares; Danilo (Ricardo Oliveira, 86’), Ruben Neves, Ruben Alves (Júlio, 66’); Catarino (Edwar, 60’), Chapinha, Ronan.

Fotografia: Daniel Oliveira