«Queremos garantir a manutenção o mais rapidamente possível e tentar chegar aos três lugares que dão acesso à fase final» – Nuno Baptista

É de forma direta e objetiva que Nuno Baptista antevê a época que se avizinha e ao longo da qual, admite, a Sanjoanense tentará superar a marca da última temporada.

Para o técnico alvinegro, que parte para o segundo ano à frente da equipa sénior de andebol, a competição não se adivinha fácil, algo que, no entanto, não retira motivação.

«Acho que o campeonato que se avizinha vai ser bem mais complicado que o do ano passado, até porque a última época acabou por ser serena, com a manutenção a ser garantida muito cedo, o que nos deu alguma tranquilidade. Este ano o campeonato vai estar mais nivelado por cima mas os objetivos passam por garantir a manutenção o mais rapidamente possível e tentar chegar aos três lugares que dão acesso à fase final», começa por explicar, apontando à necessidade de elevar a fasquia:

«Como disse, vamos ter muitas equipas a lutar por esses três lugares mas, se no ano passado conseguimos a manutenção com alguma tranquilidade e chegámos a pensar atingi-los, esta época temos que levantar a fasquia e tentar esse objetivo. Caso o consigamos, tudo pode acontecer. Será um campeonato muito reduzido e com equipas muito fortes…»

Com um conjunto bastante idêntico ao da última temporada, e que tem por base a prata da casa, Nuno Baptista mostra-se satisfeito com as soluções de que dispõe mas assume que o plantel não está ainda fechado, prevendo a chegada de um reforço nos próximos dias.

«O plantel é basicamente o mesmo do ano passado. Saiu um jogador mas quase toda a gente assumiu que queria continuar e isso facilitou-nos o trabalho porque o grupo é bastante unido e, tendo a certeza que os jogadores queriam continuar, não precisámos de andar atrás de grandes soluções. Estou satisfeito com o plantel mas vão haver ainda entradas. Em princípio será apresentado um jogador brevemente mas as alterações que surgirem serão retoques muito pontuais numa equipa que já está formada e na qual não é necessário mexer muito», vinca, desdobrando-se em elogios ao grupo de trabalho que orienta:

«O andebol enquanto modalidade não é marcado pela abundância de dinheiro e quem o pratica fá-lo mais por gosto do que pelo fator económico. Quando cheguei aqui encontrei um grupo de amigos, de jogadores formados na Sanjoanense e que jogam há muito tempo juntos. São quase uma família e para mim é um prazer orientá-los. Fui bem acolhido e sinto que já faço parte desta família.»

Quanto aos adeptos, aponta-os como «fundamentais» para a concretização dos objetivos, terminando com um apelo para a temporada que se aproxima.

«Apelamos ao público de São João da Madeira que nos venha ver porque o andebol é espetacular», diz, rematando:

«A mensagem que deixo é a mesma que passo aos meus jogadores: este clube é de São João da Madeira e, por isso, não há razão para que a cidade não esteja com ele. Da mesma forma que apoiam o futebol ou o hóquei em patins, como eu próprio faço, apoiem também o andebol porque nós merecemos e porque juntos somos mais fortes!»

Fotografia: Daniel Oliveira/ADS