Visita a Gouveia foi amarga…

  • Sanjoanense merecia resultado bem melhor pelo jogo que fez.
  • Antijogo do Gouveia – que tudo fez para manter pelo menos o empate – foi uma constante.

 

Numa das maiores deslocações desta época, a Sanjoanense foi a Gouveia, de onde saiu derrotada pela formação local (2-1).

Depois do afastamento da Taça de Portugal, na semana anterior, os alvinegros sabiam que tinham que entrar bem no jogo e não permitir que o adversário se superiorizasse nos primeiros 45 minutos, como tinha acontecido em Espinho. E, à passagem do minuto 12, podiam ter inaugurado o marcador mas Vítor Silva chegou ligeiramente atrasado ao cruzamento de Ricardo Tavares, que se estreou a titular como defesa-esquerdo.

Numa primeira parte com poucas ocasiões de registo, só se verificou um novo lance de perigo por volta da meia hora de jogo e logo com o golo do Gouveia, na primeira vez em que os locais conseguiram visar a baliza sanjoanense. Na sequência de uma jogada de insistência pela zona central, Mendes rematou colocado, sem hipótese de defesa para Diogo Almeida.

Feridos no orgulho, os homens de São João da Madeira aumentaram a pressão e impuseram ainda mais o seu jogo, reduzindo o espaço de ação da formação serrana e apostando tudo no empate, que surgiria mesmo em cima do apito para o descanso, fruto de um autogolo de João Prietos, quando tentava desviar um novo cruzamento desde a esquerda de Ricardo Tavares.

O empate ao intervalo aceitava-se e acabava por dar justiça ao maior pendor da Sanjoanense, que foi sempre mais perigosa e com um fio de jogo mais esclarecido. Mas Pêpa não estava satisfeito e, na procura natural pelos três pontos, abdicou de Letz e Vítor Silva, lançando Ruizinho e Mário, na tentativa de dar maior dinâmica ao ataque.

O jogo, porém, não estava propício e a formação alvinegra continuava a sentir dificuldades em destacar-se, principalmente por culpa das constantes perdas de tempo propositadas e promovidas pela formação local, que tudo fazia para segurar um resultado positivo.

Ainda assim, a Sanjoanense não desistia de levar a melhor sobre o adversário mas, à passagem do minuto 65, a estratégia do Gouveia deu frutos e a formação da casa chegou à vantagem. Num lance muito duvidoso, Rui Silva, árbitro da partida, considerou que Catarino cometeu grande penalidade – fica a ideia de que não houve qualquer contacto e que o homem de Gouveia se aproveita do lance para conquistar a falta – e apontou para a marca do castigo máximo. Chamado a converter, Osório, que na época passada representou a Sanjoanense, não desperdiçou e estabeleceu aquele que viria a ser o resultado final.

De novo em desvantagem, Pêpa decidiu arriscar tudo e lançou o avançado Tono para o lugar do defesa João Edgar e, a 15 minutos do fim, o Gouveia ficou reduzido a 10, depois de Octávio ver o segundo amarelo por simulação.

Pouco depois, a Sanjoanense dispôs de nova oportunidade mas o golo foi negado, em cima da linha de baliza, por um jogador adversário.

Mesmo com mais um homem, a Sanjoanense não conseguiu o empate e, até final, nota apenas para os 8(!) minutos de desconto dados pelo árbitro da partida que, na realidade, poderia ter dado ainda mais. O antijogo dos comandados de Marco Tábuas foi constante e, imagine-se, até bolas eram lançadas para dentro de campo durante as investidas atacantes da Sanjoanense…

No entanto, tudo isso é história e a formação alvinegra saiu derrotada de Gouveia, mas pronta para dar a melhor resposta já no próximo fim-de-semana, na receção ao Gafanha.

 

11 Inicial: Diogo Almeida, Pardal, João Pinto, Edgar e Ricardo Tavares; Gian, Letz e Muxa; Alex, Catarino e Vítor Silva.

Jogaram ainda: Ruizinho (Letz), Mário (Vítor Silva) e Tono (Edgar).