- Sanjoanense voltou a ser melhor, dominou e só pecou na hora de finalizar.
- Trabalho é bem visível mas falta a “estrelinha”.
- Gouveia raramente ameaçou.
Começa a ser difícil perceber tamanha falta de sorte. Com bastante qualidade e clara superioridade, a Sanjoanense voltou a apresentar-se a bom nível mas, na receção ao Gouveia, não conseguiu desfazer o nulo.
Ciente da importância da conquista dos três pontos, a formação alvinegra entrou a todo o gás e, logo nos primeiros 10 minutos, dispôs de duas excelentes oportunidades para chegar à vantagem. Primeiro por Bino que, a cerca de 20 metros da baliza do Gouveia, viu o remate travado pela barra e pouco depois por Catarino que, na sequência de um bom lance do ataque Sanjoanense, rematou para boa defesa de Carmine, guarda-redes contrário.
Sem ameaçar, o Gouveia limitava-se a ver jogar e tentava, como podia, conter as investidas dos comandados de Pêpa que, ainda antes do intervalo, voltaram a estar perto do golo, num cabeceamento de Vítor Silva que passou ligeiramente acima da baliza forasteira.
Numa primeira parte jogada praticamente no meio-campo ofensivo da Sanjoanense, os alvinegros mostravam ambição forte e superioridade inquestionável mas o golo teimava em não aparecer e o nulo ao intervalo penalizava bastante uma Sanjoanense inconformada e determinada em conquistar os três pontos diante dos seus adeptos.
Com motivação inabalável no regresso do descanso, a Sanjoanense mostrava, uma vez mais, não virar a cara à luta e, logo no início da segunda parte, parecia que seria finalmente premiada pelo trabalho desenvolvido. Catarino, lançado por Pardal, na ala direita, entra na área contrária e é derrubado por um defesa contrário. No entanto, chamado a converter, o extremo conseguiu enganar Carmine mas atirou a bola ligeiramente ao lado.
Ainda assim, os homens de São João da Madeira não baixaram a cabeça e mantiveram a pressão alta, quase sempre no meio-campo adversário, na procura intensiva pela vantagem, mas o esforço revelava ser infrutífero.
Pardal, aos 70 e 78 minutos, ainda visou a baliza, mas sem o melhor seguimento e Gian, já em tempo de compensação, não conseguiu aproveitar a confusão na área do Gouveia e viu Carmine, com uma defesa crucial, negar o golo que certamente traria os três pontos.
Apesar de muito mais perigosa e melhor, durante todo o jogo, a Sanjoanense voltou a não encontrar o caminho do golo e não foi além de um nulo bastante penalizador.
Na próxima jornada, a formação alvinegra desloca-se à Gafanha.
Declarações de Pêpa:
Mais uma jornada em que a Sanjoanense foi claramente melhor, mais inconformada mas na qual volta a não conseguir materializar a superioridade que apresenta em campo. É justo dizer que começa a ser difícil encontrar explicação para a falta da “estrelinha”?
Estamos a atravessar dificuldades que ninguém esperaria. Não me estou a referir aos pontos desta segunda volta, nem a questões de materializar as oportunidades que tanto criamos. Estou a referir-me a situações complexas extra futebol e a algumas perdas, lesões e castigos que nos abalaram um pouco. Mas a qualidade colectiva está lá, está sempre presente e temos a certeza que vamos sair desta fase menos boa muito mais fortes e maduros. Porque quem passa por aquilo que este grupo tem passado, em tão pouco tempo, está e vai estar preparado para tudo.
A 8 pontos do segundo classificado, sente ainda ser possível garantir a permanência através do apuramento para a fase de subida?
Enquanto for matematicamente possível, vamos continuar a tentar esse objectivo. Mas quero é tranquilidade para os atletas e que ninguém fique obcecado com esse segundo lugar. E o apoio que tivemos no último jogo em casa foi bem demonstrativo de que, com a ajuda de todos, conseguimos encarar as adversidades com muito mais força.
Na próxima jornada a Sanjoanense desloca-se à Gafanha, um terreno bastante complicado. O que é que se pode esperar do adversário?
Vamos encontrar um adversário com individualidades muito fortes, que conseguiu manter o 11 base da época passada e que se reforçou em quantidade e qualidade. Reconhecendo essa competência ao adversário, não deixo de pensar da mesma forma de sempre, ou seja: vamos à Gafanha com o objectivo claro de ganhar.
Aproveito para desejar a todos os simpatizantes e sócios da ADS um feliz Natal e que nos ajudem quando mais precisamos.
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